Eraldo Pieroni
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O Tempo Amadurece?
"O Tempo Amadurece?", perguntou o jovem discípulo ao seu mestre; que, de cabeça baixa, olhando para a relva lhe respondeu com uma outra pergunta: "Aos olhos Humanos, o Tempo Envelhece?"
Pobre discípulo, sentado à relva, ao lado do seu mestre, não compreendia o teor daquela estranha resposta em forma de pergunta. "Será que devo uma resposta à esta 'resposta'?" - indagava a si mesmo - "ou devo responder à esta pergunta tão contundente?"
Passou a observar melhor a postura de seu mestre... Afinal, havia lhe respondido sem tirar os olhos daquela verde relva aonde se encontravam sentados à sombra de um imenso carvalho.
O único som possível de ser ouvido era o chilrear de pássaros entre galhos entrelaçados da frondosa árvore que os abrigava do Sol, como uma imensa saia de uma mãe. Esforçou-se mais no sentido auditivo, procurando captar algum murmúrio emitido pelo seu mestre, que agora desenhava imaginários círculos sobre a relva. Captou apenas a suave respiração saída das pequenas narinas de um nariz adunco....
Pensou em perguntar-lhe qual era o sentido daquela resposta em forma de pergunta. Duvidou até mesmo que seu mestre houvesse entendido sua pergunta....
Mas, será que dúvidas assim devem ser levadas em consideração?
Afinal, o mestre já passava dos 80... Caminhava sempre apoiado num cajado de figueira. Um cajado com marcas... frisos feitos pelo mestre com a ponta de uma velha lamina. Poderiam ser runas rabiscadas? "Runas"... "Não se usa mais runas como escrita... só se possuírem algum sentido mágico... adivinhatório... "
Talvez tudo isto não passasse de uma esquisitice da senilidade que cresce com o tempo.
Mas como ter certeza de algo sem fazer perguntas? Como ter uma resposta como pergunta?
O Tempo se esvai.... O velho mestre ressona com sorriso no rosto, encostado no tronco do carvalho que abriga do Sol... Como poderá o discípulo sobreviver caminhando sobre reticências e se esquivando de tantas interrogações?
Decidiu por vez imitar seu mestre. Apoiou suas costas no velho tronco, esticou suas finas pernas e relaxou....
Porém, entre ele e o mestre o velho cajado de figueira, com suas runas frisadas pela lamina enferrujada... Runas novas e runas desgastadas.... Palavras ininteligíveis....
"Devo estudar runas?", pensou, procurando fechar as pálpebras para fugir da tentação de decifrar algumas runas...
PERTHO ANSUZ
TIWAZ
FEHU
OTHALA
DAGAZ
Esse era o quadro de Runas que tinha em sua mente.
Irrequieto, por diversas vezes, abria os olhos, de sobreolho no velho cajado, sempre a mirar pelo mesmo conjunto de runas... cerrava os olhos.... abria... cerrava... sempre no mesmo conjunto.....abria... cerrava.... Seis é o Número do Homem...
"O encontro dos opostos, na planície da relva, na horizontalidade da vida terrena, funde-se nas escolhas individuais por um lado, nas coletivas, por outro lado... Mesmo quando o encontro de dois lados ocorre no horizonte, Sempre haverá incógnitas e dúvidas entre o que une a Terra com o Céu. As Escolhas feitas quando jovem, permanecem, quando velho... Por que sempre estamos procurando pela ascensão, crendo que um olho acima de tudo observa, analisa e reflete sobre todas nossas escolhas e atitudes.... Por querermos sempre transcender à matéria que nos envolve, à Terra que nos prende em vida, voar para o céu é quase como que impossível pelo peso que carregamos em nossas costas... Possível porém se deixarmos nossas "culpas" sobre a relva, para ser absorvida pela terra, adubando futuras gerações... CULPA NÃO EXISTE... EXISTE APENAS O REFLEXO DE NOSSOS SENTIMENTOS.... O TODO É COMPOSTO PELAS PARTES COMO AS PARTES PELO TODO."
A noite fria desperta o jovem.
Que se vê desnudo sobre a cama.
Boceja e se cobre com a manta de lã.
Não há Nada Que Não Renove.
Infelizmente não está saindo o Quadro para quem lê no Celular. Mas deixei as Runas escritas com o nome delas conforme o quadro.
Eraldo Pieroni - Sampa - 27/02/2020
O DISSEMINADOR DE PRAGAS
É engraçado. Muito engraçado. Todo mundo acha estranho quando digo ser um Disseminador de Pragas. “Você é um brincalhão, gozador...” Falam. Sim. Sou um brincalhão, isso é verdade. Brinco apenas com quem posso. Nem todos gostam de ser zoados.
Quer saber como essa história de ser um Disseminador de Pragas começou? Pois bem. Talvez acabe pensando que estou brincando ou mentindo. Tanto faz a tua conclusão para mim. Importa-me mais o que faço e o que falo. Tudo por uma questão existencial. Em outras palavras, um sentido para a minha vida. Ok. Contarei como tudo começou. Não vou enrolar mais.
Foi num sonho, recordo bem. Estava num destes hotéis de centro da cidade de São Paulo com uma amiga mineira. Ele apareceu enquanto dormia... No sonho, é óbvio. Quem? O Mestre, é claro. Que Mestre? Não! De forma alguma posso revelá-lo. Somente posso dizer que me acompanha desde a puberdade. Sim. É verdade, descobri apenas muito tempo depois que ele não era um amigo imaginado, ou personagem criado pela minha mente. Mas, vamos ao sonho em si.
Antes de entrar no sonho, creio ser melhor deixar claro uma coisa. Naquela época, estava muito infeliz com a vida. Não com a vida em si, mas com a minha forma de viver. Tinha um emprego, mas não podia trabalhar. Por uma série consecultiva de estresse com os alunos, fui afastado da sala de aula. Tirei licença de quinze dias, no final do mês de junho, aumentando minhas férias de meio de ano. Não esperava pela atitude tomada pela direção e gerência da escola: A de marcar uma nova perícia médica com data inexistente de atestado psiquiátrico. Aliás, o psiquiatra que me atende desde 2009 havia exonerado do Servidor Publico. A licença obtida pelos quinze dias foi com o médico plantonista. Para mim, servia apenas para aliviar-me daquele estresse dez ou mais dias antes das férias. Não pensei que a direção não mais me queria dentro da sala de aula e da escola. Tudo bem! Foi como um balde de água fria na minha cabeça. Resumindo: Fui atrás do meu antigo psiquiatra, no seu consultório, pelo convênio médico. E, a partir daí, de grão em grão, de sessenta a sessenta dias, de licença a licença fui ficando afastado da escola, fazendo o jogo da direção; aceitando a ideia de ser Readaptado. Mas, há um entretanto dentro disto tudo. Faz mais de ano que estou dentro deste jogo e ainda não fui readaptado. Ganho. No ano passado, por 42 horas aulas semanais, legal. Infelizmente, por ingenuidade, acordei em diminuir minha carga horária para 20 horas aulas neste ano. Quando vi o prejuízo, procurei por advogados, do sindicato e particular. Nada. Eu fui conivente com o acordo da redução, mesmo rejeitando-o depois. Fui à escola, seguindo orientação do advogado particular, conversei com a gerência e direção, pedindo para ampliar minha jornada. Para isto, deveria retornar à sala de aula. Situação desfavorável para as duas partes: Para mim, retornar à sala de aula, naquela escola, sofrendo pressão da direção, colegas e alunos correlegionários dos docentes mediocres, não. E, para a escola, desfavorecer seus cupinchas e mediocres aceitadores desta condição hilária e desafortunada da educação brasileira, em troca de algumas parcas aulas, mísero salário, bônus insignificante e além de tudo, crentes de estarem trabalhando em uma escola protegida da calamidade pública de nossa educação... também não. Então, se conseguiu me entender, o melhor era aceitar a situação como estava.
Havia um outro problema... A felicidade para mim, estava centrada no meu sucesso ou fracasso dentro do trabalho. Quando feliz, tudo ao meu redor floria sob um céu azul e Sol radiante. Quando a sensação de fracasso batia no coração, plúmbeo tornava-se o céu, murchavam todas as flores e, nas noites, insone, tiritava de frio, debaixo de mais de mil cobertas, na cama, com a porta do quarto semi-aberta, para não morrer de paura em plena escuridão.
Bem, assim foi. O sonho. Sim. Estava lá, naquele quarto de hotel no centro de São Paulo com minha amiga de Beagá. Abraçado nela. Nús.
No sonho, lembro estar numa rua de Belo Horizonte. Pois é, não sei se, pelo fato de estar na cama com ela, o sonho me levou a um lugar à remomerável Beagá. Aliás, sonhar estar andando pelas ruas e praças de Beagá, mesmo que todas elas nada sejam iguais às reais, é uma recorrência. Diz meu psicólogo ser isto uma lembrança saudosista do tempo em que a felicidade reinava a minha vida. Tipo, a Idade de Ouro.
Não sei se consigo descrever aquela rua. Estava de pé, na calçada, olhando para baixo, aonde um terreno lamacento demonstrava que um edifício iria ser erguido. Sei disso por causa do trator amarelo ali pousado, com suas lagartas e escavadeira enlameadas. Tinha um olhar desconfiado. Havia um casarão ali... Casarão térreo, pintado de amarelo claro, com suas venezianas marrons com parapeitos brancos ou até mesmo amarelos... Sabia disso. Talvez, ali tinha sido o local de um outro casarão térreo, verde claro, quase tão igual ao amarelo... Não sei. Somente sei que ambos casarões foram de outros sonhos, postados todos em meu Belo Horizonte.
Ele, o Mestre, me pegou de surpresa. Era como se ele estivesse bem ao meu lado esquerdo, a um passo atrás de mim. Aquela sua voz grossa, grave e profunda assustou-me, apesar de suave. Perguntou-me: “O que sente?”. Respondi-lhe falando estar confuso sobre qual casa ocupava aquele lugar e, ao mesmo tempo angustiado por algo incompreendido. É melhor reproduzir em forma de diálogo nossa conversa:
__ Confuso e angustiado... Hum! É verdade, quase 100% da humanidade vive assim. - falou-me sorrindo ironicamente, continuando: Não creio estar te consolando, mas tanto faz.
__ Mestre – argumentei – Realmente me consola sim. Acabo isolando-me neste mundo como o único a sofrer de angustia e de ter a cabeça confusa...
__ Quantas vezes já lhe disse para manter a cabeça presa ao pescoço e nunca dar um passo maior do que a perna? - colocando sua mão direita sobre o meu ombro esquerdo.
__ Perdi a conta, senhor. - fitando seu rosto, cujo olhar fixava-se naquele terreno de lama.
__ Amargura-te pelo que vê ou pelo que sente?
Confesso ficar intranquilo com aquela pergunta ou observação. Pensei, se realmente é possível pensar em um sonho. Mas, quando estamos neste estado, digo, num sonho, tudo se torna real e possível. Respondi ou argumentei o seguinte:
_ Na verdade não sei o que sinto. Agonia? Talvez... Sabe, mestre. Quando criança, ao lado direito de minha casa, havia um enorme sobrado antigo. Pertencia ao avô de um amigo. Contíguo ao casarão, atrás de um portão de madeira, abria-se um corredor, do tamanho possível para a entrada de carros. Era lindo, pois, o muro que dava ao casarão era todo repleto de folhas, de algum tipo de trepadeira, folhas pequenas mas bem verdes. Do outro lado, seguiam várias casas, era uma vila. Creio que três ou quatro casas, de bom tamanho. A maior parte delas tinha o banheiro fora, ou seja, em um cômodo a parte.
Recordo agora como fosse ontem, o amigo E. tomando banho... Ficava pulando debaixo do chuveiro, via apenas seu rosto pela janela. Ele jogava água pra fora, com as palmas das mãos e pela boca... Agora vejo sua mãe dando bronca. Ela estava do lado de fora – pois a porta estava trancada por dentro. Aquelas portas de madeira, ripas de madeiras bem grossas, pintada de azul escuro, quase royal...
Vejo a casa dos avós de E. Era contígua à direita do banheiro. Casa pequena. Morava seus avós... não sei se paternos ou maternos, mas eram seus avós. Lembro da senhora gorda, baixa, de cabelos grisalhos, presos com alguma coisa, deixando um rabinho pequeno e desalinhado.
Aquela senhora faleceu dentro da casa... Na cozinha. Caiu. Caiu morta, ou foi encontrada morta entre a pequena mesa e a pia, que ficava debaixo do vitrô que dava para aquele quintal do limoeiro.
O quintal era grande, relativamente grande, para uma criança, onde brincavamos de super heróis. O meu preferido era o capitão América. A minha irmã fazia um escudo com a forma de papelão de pizza. Achava o máximo. Só que agora, vem aquela imagem de E. e N. - seu irmão mais velho – zoando de mim. Tirando sarro do meu escudo. Dizendo que era de papelão.... Recordo da camisa azul e branca listrada de E. Ele era louro, de olhos claros. N. tinha o cabelo escuro. E. deve ter puxado seu avô ou avó. A partir daquele dia comecei a evitar E.; a ter medo daquele corredor bonito, cheio de verde com portão de ferro em tiras com pontas pintadas de azul.
Não sei se o medo vem da lembrança da simpátia (ou antipática) velha morta no chão da cozinha, ou do seu neto. Na verdade, não vi a mulher morta no chão. Apenas fiquei imaginando...
Apesar de amar aquele corredor, aquele quintal do limoeiro; o ódio misturou-se com o medo; e, em vez de zoar, desafiar, brigar ou lutar com E., simplesmente evitei-o; até que por um motivo ou outro seus pais tiveram que sair daquela vila. A casa dos irmãos E. e N. ficava no mesmo pedaço de terreno da casa dos avós e do banheiro. Bem na frente da casa da vó. Tinha uma pequena varanda na frente. A gente brincava bastante naquele quintal e na rua. A L., amiga da casa vizinha ao bar, também brincava com a gente.
Naquela vila tinha o Sr. A., com sua esposa e filho. Era muito amigo de meu pai. Saíam todo mês com outro vizinhos para pescar em alto mar. Uma vez trouxeram tantos peixes, que espalharam pela calçada defronte de minha casa – que ficava na esquina. A minha casa era comprida e dava até o casarão do avô do S. O S. morava numa das ruas de baixo do bairro. Mas, seus parentes, moravam nas três casas contíguas à vila, antes do bar do Sr. M; cujo únco filho, M. Júnior, era meu amigo. O Sr. M e sua esposa eram portugueses. Era engraçado, a mulher dele tinha bigode e fala gozado. Brincava muito no pequeno corredor e quintal detrás da casa de M.Jr.. A casa deles era anexa ao bar, detrás do bar, praticamente.
Depois do bar, vinha a casa do Sr. A; outro portuga. Encanador. A mulher dele também era lusitana. Parecida com a mulher do Sr. M. Sim... também tinha bigode. A filha deles, L. brincava muito com a gente. O Seu A. tinha um grande quintal com jardim na frente da casa e outro sem jardim atrás. A gente brincava muito no quintal da frente e no detrás. O da frente era fechado por um muro e um enorme portão azul de madeira. As vezes, o Seu A. fazia sardinha na brasa e convidava o Sr. M. e meus pais. A gente brincava bastante no quintal...
Acredito que ia continuar olhando para o chão enlameado com sua máquina de cavar suja, quando o Mestre me interrompe:
_ E o que aconteceu com o casarão, a vila, as casas, o bar e a casa de L?
Custei um pouco para lembrar... mas disse:
_ O casarão, a vila e suas casas contíguas, destruídas. Destruíram tudo até o bar do Sr. M. Quando isto aconteceu, o Sr. M. já não morava mais lá e nem tocava aquele bar. Virou um imenso terreno, com a pereira do casarão e o limoeiro. Muitas árvores e verde. A gente brincava no terreno e empinava pipa também. Depois, as máquinas transformaram aquilo em terra. A gente trocou a guerra de estilingue e o esconde-esconde por guerra de terrão... continuavamos empinando pipas.
O casarão virou um prédio.
Construíram um prédio amarelo no lugar. Cheguei a brincar no parquinho daquele imenso prédio. A minha casa continuou na esquina e o bar depois do prédio. A casa de L. também continuou; até o Sr. A mudar de lá.
__ Isso tudo te dá uma certa tristeza... Nostalgia... - quebra-me o Mestre.
__ Sim. – falei – Talvez.
_ E o que aconteceu contigo depois disto tudo?
_ Tive que fazer novos amigos. Não foi fácil. Gostava mais de ficar sozinho, brincando com meus soldadinhos e índios na garagem; ou então, reinventando cenas de antigos seriados da T.V., como Zorro, Viagem ao Fundo do Mar, Terra de Gigantes, Túnel do Tempo, Nacional Kid, Ultra Seven, entre outros.
Lembrei! Defronte de casa havia um outro casarão, cercado por muro. Ficava também na esquina. Era de um português chamado M. Segundo minha mãe, um massagista de primeira. E, para não variar, casado com uma portuguesa. Não sei se ela tinha bigodes.... Sei que brincava com a L., dizendo, quando você crescer, vai ficar que nem a sua mãe, bigoduda....
L. era bonitinha. Certamente não deve ter crescido muito. Seus pais eram baixos e gordos. Talvez ela temesse ficar gorda, como a mãe. Lu sempre foi magra... Parece que virou jornalista. É gozado falar assim: virou.
_ É como dizer: O Casarão virou um imenso prédio amarelo. - interrompe o Mestre.
Para todas mudanças existe um processo. Nem sempre o que nos é belo é realmente belo. Belo enquanto agrada; feio quando desagrada. Não podemos evitar as transformações. Podemos viver evitando-as.
Algo sempre diferente se constrói... Novo. E toda novidade é diferente... a priori...
Quando algo no presente nos faz triste, recorremos ao passado, em busca do prazer.
Perdeu-se quando ficou sem o que fazer. A tua vida ficou presa ao trabalho, forma de conseguir viver fechado dentro do seu lindo e maravilhoso corredor dos prazeres.... Ao quebrarem teu corredor, a rua e os outros incomodaram... Somente tua garagem, sem carro, recheada com o poder de tua imaginação e do fantasiar deram-lhe sentido à vida.
Agora, dar-te-ei uma função, não emprego. Terá razão para sair nas ruas, andar entre tantos e desafogar sua angústia. Será um Disseminador de Pragas.
Disseminador de Pragas?
Sim! Precisamos de teu rancor, ódio, inveja, ciúmes, de toda tua raiva acumulada. Tudo isto será transformado em uma forma de energia capaz de ativar as pragas dormentes nos outros. As próprias pessoas criam suas doenças, outras doenças são cármicas... Mas, todas precisam de um cutucão para serem despertadas. Você andará pelas ruas, coletivos, taxís. Estará em bares, cinemas, teatros, terá uma vida normal de um ser humano qualquer. Só que terá esta função singular.
Não se assuste. Exitem várias pessoas fazendo o que fará. Há Disseminadores de Esperança; de Tristeza, de Alegria, de Morte, de Perspectiva, de Lembranças...
_ Eu, serei o de “Morte”?
_ Não! - sorrindo ironicamente – Apenas de Pragas. Nem todas pragas ou doenças levam à morte. Você não amaldiçoará ninguém. Não é praga no sentido de mau olhado ou maldição, não. Apenas doenças.
_ E como farei isso?
_ Aprenderá fazendo... aos poucos. Aquela com quem está te satisfará, primeiramente...
Sentia-me feliz... Sem saber porque. Uma sensação agradável e prazerosa inundava minha alma e o corpo.
Acordei.
Mariana fazia-me carícias...com os dedos... mãos …. boca....
Eraldo Pieroni
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